Bernardinho volta ao comando da Beleção Brasileira após cumprir suspensão
As cinco semanas passaram rápido. Em 10 jogos, a Seleção Brasileira do auxiliar técnico Rubinho ganhou oito, perdeu apenas por 3 sets a 2 e fora de casa. Agora que a fase final da Liga Mundial se aproxima, o técnico Bernardinho está de volta. O treinador, que estava suspenso pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) reassume a equipe nas duas partidas diante da Itália, em Cuiabá.
Forçado a assistir os jogos da sua equipe das arquibancadas, Bernardinho disse que aproveitou para descobrir coisas novas. "Tenho páginas de observações que fiz ao assistir o jogo de outro lugar. Na quadra, se vê muita coisa, mas agora foi por uma ótica diferente. Tanto em relação a postura dos jogadores, reações em determinados momentos e muita coisa que posso trazer dessa minha experiência fora das quadras", conta o treinador.
Bernardinho, entretanto, não nega o baque que lhe causou a punição imposta pela entidade presidida pelo desafeto Ary Graça. "É bom poder estar na quadra, já que a minha vida é ali. Foi duro para mim, fui ferido, mas tirei um aprendizado disso tudo."
A reestreia à frente da equipe será nesta quinta-feira, às 14h, no primeiro dos dois jogos "amistosos" contra a Itália. Afinal, os dois arquirrivais estão classificados para a fase final, que será no Rio, e entram em quadra em Cuiabá apenas para cumprir tabela.
Bernardinho, entretanto, quer observar o desempenho da equipe titular, depois de realizar diversos testes nas primeiras rodadas. Para tanto, chamou de volta ao grupo o ponteiro Murilo e o líbero Serginho, que foram poupados da viagem à Austrália.
José Dirceu pede habeas corpus preventivo devido à Lava Jato
Curitiba e São Pualo - O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil no governo Lula) ingressou com habeas corpus preventivo no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que mantém jurisdição inclusive em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato.
A medida, subscrita por seis criminalistas defensores do ex-ministro, busca evitar que Dirceu seja alvo de uma ordem de prisão no âmbito das investigações sobre esquema de propinas e corrupção na Petrobras.
A defesa de Dirceu avalia que ele está "na iminência de sofrer constrangimento ilegal" - referindo-se a uma eventual ordem de prisão pela Justiça Federal no Paraná. A Lava Jato suspeita que o ex-ministro tenha recebido propinas em forma de consultorias de sua empresa, a JD Assessoria. Também é alvo da investigação suposta lavagem de dinheiro por parte de Dirceu.
Na última segunda-feira, 29, o lobista Milton Pascowitch firmou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato e apontou supostos repasses de propinas para o ex-ministro.
Os advogados do ex-ministro - Roberto Podval, Paula Moreira Indalecio Gambôa, Luis Fernando Silveira Beraldo, Daniel Romeiro, Viviane Santana Jacob Raffaini e Jorge Coutinho Paschoal - assinalam no habeas preventivo.
"No caso da conhecida Operação Lava Jato, que tanto tem ocupado os noticiários nos últimos meses e que, quase semanalmente, tem levado diversas pessoas ao cárcere, a dedicada e firme atuação das autoridades públicas envolvidas tem sido motivo de regozijo da sociedade, já que os males da corrupção de agentes públicos e do desvio de recursos do Estado são, com razão, umas das maiores preocupações dos brasileiros."
Eles fazem um alerta. "Esse júbilo, todavia, tem se transformado em euforia, à medida que novas prisões e novas delações (ou partes destas) são vazadas pela cobertura diuturna da imprensa. Festeja-se a prisão de políticos e empresários como se estivesse sendo feita justiça, ignorando-se que ainda não houve julgamento, que, muitas vezes, sequer foram ouvidos. Toma-se, como verdade absoluta, o relato de delatores, deixando-se de lado a necessidade de que a acusação prove, em juízo, a veracidade de suas alegações, e desprezando o fato de que o motivo que leva alguém a delatar não é o nobre desejo de justiça, mas o anseio pela liberdade a qualquer custo."
Sobre José Dirceu, os advogados traçam um perfil, desde os primórdios de sua atuação estudantil contra o regime militar e a criação do PT. "O paciente é pessoa pública desde sua juventude, quando foi preso e exilado por se opor ao regime ditatorial que vigorava no país, tendo, mais tarde, papel determinante na criação de um dos maiores partidos políticos de esquerda da atualidade, o Partido dos Trabalhadores. Independentemente de se concordar ou não com suas ideias, de gostar ou não do seu partido, há que se reconhecer que o paciente foi personagem importante na história do país."
Argumentam os defensores: "Dirceu) nunca se pautou por fins mesquinhos ou gananciosos; ao longo da sua vida como político, não construiu castelos, não criou impérios ou acumulou fortuna. Até mesmo seus críticos mais duros sabem que com ele não encontrarão riquezas escondidas; dele, não acharão contas no exterior, nem com muito, nem com pouco dinheiro. Pelo contrário, o que se afirma nas delações é que amigos pediram por ele...
Cunha diz que Temer é 'sabotado' e tem de deixar articulação política
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (2) que o vice-presidente da República, Michel Temer, está sendo “claramente sabotado” e defendeu que ele deixe a articulação política do governo com o Congresso.
Segundo Cunha, a “articulação está indo para o caminho equivocado” e isso "não está fazendo bem" ao PMDB.
“O líder do governo e o governo [estão] desarticulados aqui dentro desta Casa, a articulação política está a cada hora indo para um caminho equivocado. O Michel Temer entrou para tentar melhorar essa articulação política, e está claramente sendo sabotado por parte do PT. Eu acho até que, para continuar desse jeito, ele deveria deixar a articulação política”, afirmou.
“Do jeito que está indo aqui, o governo se misturando com o PT no mesmo mal, o PMDB quer ficar longe dessa articulação política porque isso não está fazendo bem para o PMDB e ao mesmo tempo o governo como está se comportando dentro da Casa não está fazendo bem a ele”, completou.
O presidente da Câmara contestou as críticas dos deputados do PT e de outros partidos contrários à redução da maioridade penal que o acusam de “golpe” ao colocar em votação na noite de quarta um texto parecido ao que havia sido derrubado no plenário na sessão anterior.
Após a manobra de Cunha, a maioria aprovou uma emenda à Constituição que reduz de 18 para 16 anos a idade penal para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
Cunha disse que as críticas são “choro de quem não tem voto” e que “estão contra a sociedade”.